Arqueiros

domingo, 7 de julho de 2013

Entre o que é e o que e foi

Com um pé dentro e outro fora
Arco romano dividindo dois mundos
O da ditosa da criança que eu fora
E o do adulto do real mundo imundo

Carpete e brinquedos espalhados ao chão
Em campo secreto e protegido da memória ficarão
Mas na atualidade em questão
Não se vê mais luz, não há mais emoção

Em meio aos conhecidos desconhecidos
Tenho a certeza de nunca nos vimos antes
E por mais real lembrança tenha parecido
Nada como ontem será  doravante

O vento do acalento agora é sombrio
E casa imponente só restou o vazio
Sem pátio, sem cama, sem cerca,
Sem ter quem me encontre quando eu me perca

Adeus as canções, adeus aos sorrisos
O mundo imundo em constante transformação
Tomou de mim inocentes risos
Deixando aqui obscura desolação