Arqueiros

domingo, 28 de abril de 2013

Furacão

Tudo estava tão calmo na minha vida
Apesar da tempestades semanais
O sol sempre voltava a brilhar
Era uma felicidade de primavera.
Mas como toda estação passa
E tempestades sempre voltam
Eu já deveria esperar por isso.
Nenhum furacão se forma sem dar pistas
Nem tempestade sem escurecer o caminho
Eu vi cada sinal
Cada nuvem se aglomerando
A intensidade do vento aumentando mais e mais
Porém pensei:
"Isso não vai me alcançar"
Quando virei de costas
Senti a pressão desta sedenta ventania me puxar para trás
Cada esforço que eu fiz para ir além dele foi em vão.
Ao ser arrastado para dentro do olho do furacão
Os objetos deixados no meu caminho
Giravam sem fim junto a mim
Meu coração dolorosamente batia agitado
Cada objeto, cada memória dilacerava o meu inconsciente
Altamente ciente do que eu não queria enxergar
Quando fui jogado para fora do furacão
Pude enxergar o estrago que ele fazia em minha vida
Desde os seus prenúncios
E este furacão ainda está no meu caminho
Perdendo força, mas ainda presente
Ainda desordenando
Ainda destruindo o que construí
Ainda eliminando cada rima
Ainda sem mostrar o seu fim
Agora estou recolhendo os destroços em mim
Sem lugar seguro dentro a minha própria casa mental
Que me faça esquecer de todos os presságios
Deste oportuno vendaval


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